Menos é mais

Autenticidade tem sido a palavra‑chave na publicidade. Representações sem filtro, imersivas e espontâneas da vida real, de pessoas reais, de corpos reais, e de relacionamentos reais se tornaram o padrão que parece até que os dias de modelos profissionais e ambientes configurados com perfeição estão com os dias contados. Porém, com todas as tendências, chega uma hora onde a onipresença de um estilo não oferece mais a mesma novidade que um dia teve.

Estamos vendo uma nova exploração de composições gráficas ‑ espaços abertos e expansivos que oferecem um novo ar. Posições estratégicas são passageiras, e novas tecnologias como drones chegam e surpreendem, criando perspectivas ricas com espaço para texto, paletas de cores simplificadas, e com frequência um toque de anonimidade que destaca o nosso mundo atual hiper personalizado. Visuais com relances da vida às vezes podem ser uma sobrecarga visceral, que perturba os sentidos com várias referências e estímulos, deixando pouco espaço para interpretação. Composições mínimas e pensadas com cuidado apresentam um contraponto calmo, permitindo que o espectador seja atraído por seu próprio espaço.

Marcas também estão escolhendo uma estética mais limpa para seus anúncios em mobile, assim suas mensagens podem ser lidas com mais facilidades em telas menores. Na era digital, nossos celulares e os anúncios exibidos neles, são um filtro constante do que experienciamos no mundo – passamos o dia todo atualizando o feed de redes sociais, verificando e‑mails, navegando pela internet na palma de nossas mãos. Essas telas pequenas podem sofrer se estiverem repletas de muito conteúdo, enquanto gráficos simples ultrapassam e capturam a nossa atenção – uma abordagem ideal para anúncios em mobile.

Autenticidade está longe de acabar. Talvez essa estética mais limpa seja uma nova maneira de representar sentimentos autênticos com simplicidade em um mundo complexo e com várias camadas.